sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mera divagação

Refletindo sobre como se formam as imagens na nossa consciência, e que elas derivam de impressões pessoais, penso o quanto nossa mente está condicionada a pensar errado. Pensar errado no sentido de que se vivêssemos as situações, nós mesmos sendo influenciados pelos fatores condicionantes das mesmas, pensaríamos diferente.
Tentando evoluir o pensamento para outra possibilidade que não nos faça pensadores errados, tento encontrar uma solução para o problema.

De acordo com os meus (poucos) estudos sobre a comunicação, já confirmo defasada a Teoria Hipodérmica, aquela que diz que a mídia conduz os receptores da informação não só ao que pensarem, mas como pensarem. Isso nos faria meros objetos de recepção, sem capacidade e autonomia para pensar ou escolher.
Sendo assim, já detono o meu mito anterior: que penso errado. Ora, o que me contam, o que é noticiado, qualquer que seja a passagem de informação, não me conduz a pensar errado. É apenas uma referência, um relato. E esses são corruptíveis, são conduzidos por variações que devem ser considerados por quem recebe a informação.
(Sei que ninguém tem disposição de analisar, por exemplo, uma fofoca que contam, afim de ver se a pessoa foi persuadida por variações em voga no momento do acontecido, porém é válido lembrar disso nos momentos de incerteza, ao menos).
Bom, o problema é que essa aparente conclusão me fez outra confusão na mente inquieta. Se toda informação sofre variações, não há verdade.
Mas Platão me acalma um pouco, há verdade plena, se em algo estável. "Como o filósofo busca a verdade plena, deve buscá-la em algo estável, nas verdadeiras causas, pois logicamente a verdade não pode variar e, se há uma verdade essencial para os homens, esta verdade deve valer para todas as pessoas. Logo, a verdade deve ser buscada em algo superior."

Então, deixo essa reflexão aparentemente inútil pra me orientar nos momentos que o pensamento se desvia, se confunde e faz tudo andar errado.
Mera digressão.