Eu, revirado no meu consciente, perturbado pelo meu inconsciente, sempre procurei saber onde, o por que e como. Tinha ânsia de saber o ínicio de todas as coisas.
Tentavam infiltrar a minha crença através de paradigmas nunca superados, mas isso não adiantava, o bom senso nunca me pareceu o meio certo.
Comecei a minha busca desde criança quando passei a analisar meticulosamente todas as coisas. Um gesto, alguma manifestação da natureza, o barulho de todas as coisas. Tudo o que acontecia ao meu redor tentava se infiltrar por um "eu" não decifrado, ansioso por descobrir-se em algum lugar.
Passei a filosofar tanto a minha existência que me perdi em outras vias do viver. Lembro-me que em certas situações não sabia se tinha realmente acontecido o fato ou se era fruto da minha imaginação.
Foi então que surgiu o grito, a maior manifestação que já tinha vivenciado. Nem consegui analisá-lo. Assustei-me. Era o inimigo.
solidões compartilhadas
Há 6 anos